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quarta-feira, julho 06, 2011

Miíase - Cachorros.


Miíase - Cachorros; Miíase é uma doença produzida pela infestação de larvas de moscas na pele ou outros tecidos de cachorros e outros animais. E caracteriza-se pelo desenvolvimento e crescimento de larvas de moscas sobre os tecidos.  A miíase pode ser classificada em: Miíase primária, a larva da mosca (geralmente a Dermatobia hominis) invade o tecido sadio e nele se desenvolve. Essa infestação é também conhecida por berne. Miíase secundária, a mosca conhecida como varejeira, coloca seus ovos em ulcerações na pele ou mucosas e as larvas se desenvolvem nos produtos de necrose tecidual, e a miíase secundária pode se  apresentar sob três formas, a forma cutânea, a cavitária ou a intestinal.

E o tratamento, deve-se procurar orientação de um veterinario, para que seja limpa a ferida, e posteriormente se retire as larvas com uma pinça e prescreva remedios especificos em forma de comprimidos ou aplicar remedios topicos em forma de spray, e posteriormente fazer curativos. São consideradas miíases específicas aquelas causadas moscas cujas larvas são parasitas obrigatórios, pois nutrem-se de tecidos vivos. As miíases são divididas em três formas conforme sua localização: cutânea (depósito de ovos de mosca em ulcerações de pele), cavitária (depósito de ovos de moscas nas cavidades nasal, oral, anal, auditiva, orbital, etc.) e intestinal ( por ingestão de larvas em bebidas ou alimentos contaminados)

Nos cachorros, as miíases são causadas principalmente por moscas da família Cuterebride, principalmente da espécie Dermatobia hominis – que causam uma miíase furunculóide  primária denominada popularmente como “berne” e por moscas da família Calliphoridae, pricipalmente da espécie Cochliomyia hominivorax que causam uma miíase ou cavitária denominada popularmente como bicheira. A Cochliomya hominivorax realiza as posturas em ferimentos recentes da pele ou cavidades, cada fêmea colocando até 350 ovos aglomerados,  podendo efetuar várias posturas com intervalos de 3 a 4 dias.  Em condições ótimas de temperatura e umidade do ar, o ciclo evolutivo completa-se em 21 a  23 dias.

As larvas possuem enzimas proteolíticas, responsáveis pela digestão dos tecidos do hospedeiro. A lesões aumentam gradativamente e exalam um odor repulsivo. De acordo com a localização da míiase, poderá ocorrer peritonite, claudicação, cegueira, afecções dentárias, etc. Os animais ficam inquietos, deixam de se alimentar e emagrecem. A morte pode ocorrer por toxemia, hemorragia ou infecções bacterianas secundárias. Para o tratamento da miíases cutâneas e cavitárias, são indicados tradicionalmente a limpeza do local, depilação (se necessário), debridamento de tecidos necrosados, remoção das larvas, terapia antimicrobiana local e/ou sistêmica, tratamento local com repelentes e larvicidas e terapia de suporte, se necessário . Os médicos veterinários brasileiros tem utilizado como medicação larvicida prévia a limpeza da
miíase a droga nitenpyram (Capstar - Novartis saúde Animal).

Muito embora tal medicamento não tenha essa indicação pelo fabricante, nem encontra-se relatos de uso ou experimentos disponíveis na literatura médico-veterinária que embasem tal utilização. O nitenpyram  é indicado para tratamento de rápida ação nas infestações de pulgas em cães e gatos, sendo sua ação iniciada entre 15 a 30 minutos após a administração oral, matando todas as pulgas que estejam no animal em até seis horas. Permanece ativo nos cães por 24 horas e nos gatos por 48 horas. A dose recomendada é de 1 mg/kg por quilo corporal, ou, um comprimido de 11,4 mg para gatos, independente do peso, e um comprimido de 11,4 mg para cães até 11,4 kg e um comprimido de 57 mg para cães acima de 11,4 kg. O nitenpyram é uma droga pertencente ao grupo dos nicotinóides, que agem no sistema nervoso central dos insetos e mamíferos, causando bloqueio pós-sináptico irreversível nos receptores nicotinérgicos da acetilcolina.

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