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domingo, outubro 16, 2011

Cancêr/Tratamento - Cachorros.


                                 

Cancêr/Tratamento - Cachorros: Câncer é um termo que é utilizado para designar e definir os tumores malignos, inclusive os cachorros, gatos e outros animais tambem estão propensos a manifestar e desenvolver este tipo de patologia. Inclusive os médicos veterinários tem constatado que com o passar dos anos a manifestação de tumores em cachorros e outros animais domésticos tem aumentado significadamente, isto em decorrência e devido tambem ao aumento da expectativa de vida dos cachorros, já que a maior incidência da ocorrência da doença acontece geralmente em cachorros idosos. E entre os tipos de cânceres mais comuns pode-se destacar os carcinomas cutâneos, que são os tumores malignos de pele. 


Que são muito comuns tanto nos cachorros como nos gatos, principalmente nos cachorros brancos ou despigmentados, isto é, cachorros que não possuem pigmentação protetora à incidência solar, sendo as áreas sem pêlos da face as mais vulneráveis. Os sarcomas, que são os tumores malignos originados do tecido muscular, adiposo e ósseo, também apresentam uma incidência relativamente alta nos cachorros. E os tumores do tecido hematopoiético, assim como os linfomas e leucemias, também acometem tanto cachorros quanto gatos, principalmente gatos infectados pelo vírus da leucemia felina (FeLV). E finalmente, temos os tumores do sistema nervoso, que são os menor incidência, 


Entretanto, apesar da gravidade desta doença, há possibilidade de tratamento, podendo-se cura-la ou prolongar e proporcionar uma boa qualidade de vida ao cachorro eventualmente acometido, e o sacrifício é a ultima alternativa, quando já não há mais perspectivas ou possibilidade de uma sobrevivência para o cachorro, onde o mesmo não possa dispor da mínima dignidade ou qualidade de vida. Sendo que o tratamento dos cânceres pode ser inicialmente dividido na terapêutica curativa e na paliativa, e os métodos da terapêutica curativa são a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. Já o tratamento paliativo diz respeito a tratar os sintomas e ou disfunções da patologia base, como o alívio de dor, correção de alterações metabólicas, remoção de obstruções, entre outros. 


O fato de um cachorro ser portador de um tumor não passível de cura não, necessariamente, indica que este cachorro deva ser submetido à eutanásia, principalmente se no momento o mesmo apresente um boa condição de saúde, e tambem usufrua de uma boa qualidade de vida. E a cirurgia é o método de tratamento que oferece os melhores resultados de cura, exceto nos casos de tumores hematopoiéticos. Entretanto e inclusive as técnicas cirúrgicas devem compreender tambem a remoção dos tecidos afetados com as suas respectivas margens de segurança, o que significa a remoção de tecido sadio periférico ao tumor. E se necessário tambem, exerese dos linfonodos regionais que drenam a área. 


Infelizmente devido a isto muitas cirurgias são mutilantes, porem o resultado estético, nestas situações não é o mais importante. E a quimioterapia é o tratamento de indicado especialmente para os casos dos linfomas e leucemias, sendo que a quimioterapia também é muito eficaz e amplamente utilizada como tratamento auxiliar a outra modalidade terapêutica, que é à cirurgia, principalmente para os tumores com grande potencial de metástase, como por exemplo os osteossarcoma, hemangiossarcoma, melanoma entre outros. E as drogas quimioterápicas são, na sua maioria, medicamentos injetáveis, sendo que somente algumas poucas drogas podem ser administradas por via oral. 


Sendo que os cachorros  e outros animais domésticos que são submetidos a sessões quimioterápicas recebem, antes e após a utilização da droga injetável, um período de tratamento de fluidoterapia, que é essencialmente a administração de sôro. isto porque as drogas são muito tóxicas, sendo então, não é desejável que haja um excesso de acumulo das mesmas no organismo. E tambem o tempo de duração de cada sessão depende do protocolo que venha a ser utilizado, ou seja a quantidade de associação de drogas, e dependendo, os protocolos podem então exigir um período de fluidoterapia de maior ou menor duração. Inclusive tambem, os efeitos colaterais vistos nos cachorros são menos severos do que os vistos em pacientes humanos. 


Isto porque, em medicina, a cura é o principal objetivo do tratamento, enquanto que em veterinária, muitas vezes a qualidade de vida do paciente naquele momento e naquelas circunstancias é mais importante do que a cura definitiva da doença. Devido a isto então, utilizam-se doses menores e protocolos menos agressivos. E a alopecia, que é a queda de pêlos, em pacientes veterinários ocorre somente de forma localizada, e não generalizada como nos pacientes humanos, sendo que as raças que apresentam crescimento contínuo de pêlos como a Poodle, a Cocker entre outras são as mais afetadas. E os efeitos colaterais inespecíficos da quimioterapia. 


Mais importantes do que a alopecia, são os vômitos, a anorexia, a diarréia, a perda de peso, alterações estas que podem inclusive ser controladas com medicação apropriada como vitaminas e suplementos alimentares. E os efeitos colaterais considerados específicos, geralmente dizem respeito à toxicidade de um determinado órgão pelo uso de certas drogas, como por exemplo: cardiotoxicidade consequente da utilização de doxorrubicina, e nefrotoxicidade pelo uso da cisplatina. Inclusive pode-se utilizar tambem o processo de crioterapia, que é o método pelo qual pode-se causar a morte das células neoplásicas por meio de congelamento. 


E os principais tumores sensíveis a este tratamento são os que apresentam pequenas lesões cutâneas ou localizadas nas mucosas oral ou perianal, como papilomas, que são tumores cutâneos benignos, carcinomas basocelular e espinocelular, mastocitomas cutâneos, que são tumores originados de células mastocitárias, ou mesmo lesões remanescentes do tumor venéreo transmissível canino (TVT) após quimioterapia. É importante entretanto se salientar que o diagnóstico precoce não somente é o mais desejado, como tambem é importantíssimo e imprecindivel. 


Pois por razões óbvias, é muito mais simples e fácil se alcançar a cura em casos iniciais, e para isto, é importante que o clínico tenha consciência que os procedimentos de biópsia são importantes, mesmo que trate de pequenos nódulos, aparentemente benignos. Pois as informações provenientes de um laudo histopatológico (biópsia), associadas às informações clínicas, são pontos importantes na determinação da conduta terapêutica, seja ela clínica, cirúrgica ou combinada.









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