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domingo, maio 15, 2011

Cão de Castro Laboreiro - Cachorros.




Cão de Castro Laboreiro - Cão de Castro Laboreiro - Cachorros: O Cão de Castro Laboreiro é uma raça genuinamente portuguesa, sendo originário da freguesia de Castro Laboreiro, no Concelho de Melgaço. Sendo inclusive está a região que lhe deu o nome, e é uma região montanhosa agreste, que se estende desde o rio Minho às Serras da Peneda e do Soajo, entre os rios Trancoso, Laboreiro e Mouro, até cerca dos 1.400 m de altitude. À semelhança da raça, Castro Laboreiro é uma das terras mais antigas de Portugal, pois vestígios pré-históricos, como as gravuras rupestres e os dólmens, comprovam a presença do homem na região desde há muitos milhares de anos. E os castros são testemunhos da forte presença da cultura castreja na região, também os celtas e os romanos passaram por aqui, edificando pontes e vias romanas com os seus marcos miliários.



As comunidades castrejas sempre viveram da caça e da pesca, da pastorícia e da agricultura. Na procura de boas pastagens para o gado realizavam um tipo de transumância de curta distância, que terá evoluído para uma migração sazonal que ainda hoje se verifica na mobilidade dos povoamentos em determinados setores da população, numa curiosa adaptação às condições ortográficas e climáticas. E consequentemente os cachorros acompanhavam o gado nestes movimentos transumantes que, por serem de curta distância, ao contrário do que se verificou na restante Península Ibérica (nomeadamente a transumância dos rebanhos de ovinos da Serra da Estrela, cujas deslocações alcançavam várias centenas de quilómetros), não requeriam um cachorro tão possante. O número de ovinos e caprinos, tradicionalmente reunidos em rebanhos comunitários, acabaram vindo a diminuir, sendo então progressivamente substituídos por bovinos.



A esta alteração adaptou-se então perfeitamente o Cão de Castro Laboreiro, sendo tão eficaz na protecção de cabras e ovelhas, quanto na proteção de vacas. Em virtude da emigração dos homens, durante a década de 40, principalmente para França, ficando as mulheres sozinhas a cuidar das terras e dos animais, os cachorros ganharam um papel muito importante, quer pela protecção conferida ao gado e pela guarda da propriedade, quer ainda pela inestimável companhia nas noites mais longas de Inverno e pela incontestável dedicação aos seus responsáveis. Foi este carácter especial, talhado pela rudeza das montanhas e pelas gentes castrejas, que se manteve até hoje, muito fruto do isolamento desta região de difícil acesso até há bem pouco tempo, onde a primeira estrada em terra batida foi concluída apenas em 1948.



Manuel Marques em 1935, descrevendo a sua visita a Castro Laboreiro, diz que partindo de Melgaço demorou “cinco longas horas a dorso de quadrúpede, por sinuosos e quase intransitáveis caminhos que, na maior parte, mais pareciam córregos.” O Castro Laboeiro é um cachorro lupoide de grande porte, do tipo amastinado, sendo porem mais ligeiro que as restantes raças que tambem são utilizadas para o pastoreio de gado. Inclusive os cachorros para pastoreiro de gado sempre foram um elemento importante para as comunidades agro-pastoris, o que é evidenciado pelo fato da primeira alusão aos cachorros desta raça no início da confirmação de sua nacionalidade defini-los como cachorros para pastoreio de gado, e tambem denomina-los como podengo, ou perro de gaado matar, peyte dous maravedis. No que diz respeito ao Cão de Castro Laboreiro, a sua qualidade e importância são evidenciadas por diversos autores.



Como Augusto Leal em 1874, ao descrever a região, faz menção aos cachorros existentes nela, “Criam-se aqui mastins d’uma corpolencia e vigor extraordinarios, pois qualquer d’elles mata um lobo!” E também o etnógrafo José Leite de Vasconcelos em 1933 faz referência ao Cão de Castro Laboreiro como um otimo cachorro de pastoreio das montanhas da região de castro Laboreiro. E tambem  escritos galegos sobre o pastoreio na vertente galega da Serra do Laboreiro mencionam igualmente as virtudes deste cachorro, utilizado para proteger o gado dos ataques dos lobos em território português. E na literatura igualmente encontram-se referências à raça, como no romance de Camilo Castelo Branco de 1879 sob o titulo de "A Brasileira de Prazins". E o orgulho que os castrejos têm nos seus cachorros, transparece todos os anos no Concurso de Cães de Castro Laboreiro, que é simplesmente o concurso canino mais antigo e tradicional existente no País.



Onde os responsáveis participam com os seus cachorros, que muitas vezes só sabem o que é uma trela nesta ocasião, pois geralmente andam livremente pelas ruas e pastagens acompanhando o gado. Impulsionado pelo Padre Aníbal Rodrigues, pároco de Castro Laboreiro desde 1945 (falecido em 2003), este Tradicional Concurso realiza-se de forma contínua, todos os anos, desde meados da década de 50, tendo sido inicialmente realizado em Outubro, porem nas últimas décadas em Agosto. O Concurso tem sido muito importante na divulgação e manutenção das características da raça, dando a conhecer os exemplares existentes, e identificando os mais típicos, que são depois os preferencialmente escolhidos para acasalar.



Entretanto, a miscigenação com outras raças foi um problema sério até há bem pouco tempo, devido principalmente a introdução de outras raças, facilitada pela maior abertura da região ao exterior, e o cruzamento livre com os cachorros autóctones. Acabaram conduzindo ao surgimento de indivíduos com características menos típicas, para o que alertaram vários juízes e interessados na raça em diversos órgãos de comunicação social. Este problema foi em grande parte ultrapassado pelos canicultores através de um maior controle dos acasalamentos, embora responsáveis menos atentos possam ter ninhadas descendentes de vários machos ou com cachorros atípicos. E em casos duvidosos é aconselhável a confirmação da paternidade através de análises genéticas, que é uma nova ferramenta disponível à canicultura cuja utilização deve ser fomentada.



Compete aos interessados informar-se sobre as características da raça, junto dos Clubes da raça ou do Clube Português de Canicultura (CPC), observar os pais da ninhada e adquirir exemplares com registo no livro genealógico da raça. Apesar do reconhecimento da sua antiguidade, apenas na segunda metade do século XX, é que se dá início aos estudos que conduziram à definição do tipo racial, com a publicação do padrão da raça, em 1935, pelo Prof. Manuel Fernandes Marques. Este foi um marco importante para a conservação da raça, constituindo uma garantia da preservação das suas características originais. Com efeito, o padrão representa o tipo ideal da raça, descrevendo as características que a definem e que constituem a base de referência a seguir na sua selecção. Constitui, assim, uma base fundamental para o trabalho dos canicultores da raça e para a avaliação realizada pelos juízes.



Não obstante o padrão da raça ter sido publicado apenas em 1935, os primeiros registos no livro genealógico da raça datam de 1932. Em 1993 foi aprovada uma alteração da altura, que foi aumentada de 3 à 4 cm, traduzindo a evolução observada na raça nos últimos anos. Características morfológicas, As características ambientais específicas da região e do sistema de pastoreio, aliado ao isolamento geográfico, deram origem a um cão de gado de características morfologicas únicas. Pois apesar da provável origem comum às mais de 50 raças de cachorros de pastoreio de gado reconhecidas na Ásia e em toda a região mediterrânica, distingue-se destas por ser um cachorro bem mais rapido. Com efeito, trata-se de uma raça de cachorro de montanha, de médio a grande porte, e tendendo mais para o tipo lupóide do que o amastinada, possuindo uma cabeça mais leve, mas potente, e com uma altura que pode variar entre os 55 e os 64 cm (com mais ou menos 2 cm de tolerância), e um peso que varia entre os 25 e os 40 kg.



Estas características permitem-lhe ser mais ativo e até incansável, estando sempre alerta, acompanhando facilmente o rebanho e patrulhando toda a área por onde este se dispersa, apercebendo-se rapidamente da presença dos predadores. E um estudo morfológico desenvolvido por Carla Cruz em 2006, indica que a raça tem um andamento típico entre os trotadores de longa duração e os galopadores de endurance, no que se distingue das restantes raças nacionais de cães de gado, e que lhe permite acompanhar os rebanhos no pastoreio ao longo de todo o dia e ainda uma perseguição mais eficaz dos predadores, nomeadamente, dos lobos.  E apesar de sua menor corpulência, há a compensação de uma maior agilidade, que é uma vantagem também nos confrontos com os lobos, tendo a agilidade necessária para poder escapar facilmente às investidas destes.



Inclusive são várias as histórias de cachorros que ajudaram os pastores a capturar lobos que atacavam os rebanhos, e sendo tambem pouco frequentes as notícias de cachorros que tenham sido atacados fatalmente por lobos. Os olhos do Cão de Castro Laboreiro são oblíquos em forma de amêndoa, de tamanho médio e expressão simples, castanho claros na pelagem clara e castanho escuros na pelagem mais escura. As orelhas são triangulares, arredondadas na ponta, pendentes e de inserção um pouco acima da média, e quando o cachorro está atento, a orelha volta-se para diante, ficando a face externa em posição anterior. A cauda é larga e grossa, descendo até ao curvilhão, e quando o cachorro está sossegado e em movimento toma a forma de alfange, ultrapassando a linha do dorso. O pêlo é curto com aproximadamente 5 cm, grosso e resistente, duro ao tacto, liso e abundante em todo o seu corpo, por norma, o pêlo mantém-se mais macio em certas zonas, como a cabeça e as orelhas.



E quanto as cores de sua pelagem, a cor predominante é o lobeiro, que pode surgir nas tonalidades claro, comum e escuro, sendo esta última a mais frequente, trata-se de uma pelagem composta (policromática), e frequentemente raiada. E tirando por base a descrição proposta por Pedro Santa Rita em 2005, considera-se que no lobeiro claro, que tem por base um fundo claro, a predominância de determinadas cores nos pêlos confere-lhe uma cor cinza, creme ou palha. No caso do lobeiro escuro, que tem como base um fundo escuro, dominam os pêlos escuros, pretos e cinzas mais ou menos escuros. Por vezes podem aparecer as três variedades no mesmo indivíduo em regiões diferentes, como no lobeiro escuro na cabeça, dorso e espáduas, o lobeiro comum no tórax, garupa e coxas, e o lobeiro claro no ventre, terços e nas patas, e nestes casos deverá ser considerada a pelagem dominante.



É ainda há referencia a uma outra coloração mais rara, designada cor do monte e considerada pelos castrejos como uma característica étnica. Trata-se também de uma pelagem composta, alobatada, pardusca, com cambiantes mais ou menos carregadas, no preto, tendo à mistura, no todo ou em parte, pêlos castanhos, cor de pinhão, ou avermelhados, cor de mogno. Como refere Pedro Santa Rita, a designação pretende traduzir as colorações dominantes da vegetação das pastagens serranas no Outono, constituídas pelas flores do tojo e da urze, pela erva e pelos fetos secos, bem como pelas folhas de carvalho e de vidoeiros, num gradiente de amarelo-torrado, passando pelo castanho claro até ao castanho mais escuro e ao avermelhado, onde estão mais ou menos presentes os cinzas e os negros, nunca dominantes, admite-se tambem uma pequena malha branca no peito.


A maior predominância do lobeiro escuro e também do lobeiro comum, colocam em risco a riqueza e a variabilidade cromática da raça, pois o lobeiro claro e, particularmente, a cor-do-monte, são pelagens atualmente ameaçadas, devendo desenvolver-se um esforço para aumentar o número de exemplares com estas pelagens mais raras. Originalmente com uma distribuição restrita ao extremo Nordeste da província do Minho, embora presente em quase todas as aldeias naquelas vastas serranias, a raça era praticamente desconhecida fora do sua região, sendo então raros os exemplares existentes no Centro e Sul do País. Porem atualmente, a raça está presente e distribuida, mesmo que seja pouco, por todo o País, desde o Minho e Trás-os-Montes ao Algarve, embora o maior número de exemplares da raça continue a concentrar na região Norte (cerca de 60%), nomeadamente, nos Distritos de Viana do Castelo, do Porto e de Braga.



Inclusive fora de Portugal, a raça é ainda pouco conhecida, existindo já alguns criadores na Espanha e na Alemanha e, mais recentemente, nos Estados Unidos.  E entre as suas qualidades e aptidões, esta a sua comprovada eficácia na protecção dos rebanhos contra os ataques dos lobos e de outros predadores, como as raposas ou até mesmo cachorros vadios, são cada vez mais utilizados na protecção de rebanhos de cabras e ovelhas ou de manadas de vacas, desde o planalto de Castro Laboreiro até às serranias do Alvão. Nesta região existe, um crescente núcleo de cachorros da raça integrados pelo Grupo Lobo, que é uma associação para a conservação do lobo e do seu ecossistema. O Grupo Lobo tem desenvolvido um projeto inovador e de grande interesse, que pretende fomentar a utilização do Cão de Castro Laboreiro na protecção dos rebanhos, de forma a diminuir os prejuízos causados pelos lobos e assim diminuir os conflitos quase que inevitáveis que as comunidades rurais têm com este predador.



Pois o lobo ibérico, é o último grande predador carnívoro ainda existente na fauna portuguesa, e encontra-se em grande risco e perigo de extinção eminente, apesar de estar integralmente protegido por lei desde 1988. Assim, chegou-se a uma situação em que a conservação do lobo se alia à recuperação de uma tradicional raça canina nacional, o Cão de Castro Laboreiro, pois também ela em risco. Pois o património genético destes animais faz parte da biodiversidade nacional que se deve ter a responsabilidade de preservar, pois a sua perda seria irreversível. Desde 1998 que o Grupo Lobo tem vindo a integrar exemplares da raça para proteger os animais domésticos dos ataques de lobos, nas regiões serranas dos Distritos de Vila Real e de Braga.



E até ao momento foram integrados mais de 120 cachorros (dos quais 56% machos) em rebanhos de cabras e/ou ovelhas e em manadas de vacas, dos quais sobrevivem perto de 90, pois estão sujeitos a muitos perigos, como por exemplo, ao envenenamento, e devido a isto a taxa de mortalidade destes cachorros é bastante elevada, apesar de todo o apoio veterinário prestado. Constituindo-se então seguramente no maior núcleo de exemplares de trabalho da raça, e este núcleo descende de exemplares maioritariamente oriundos da região de Castro Laboreiro, mas também de outras regiões do País, bem como de cachorros já integrados e ocasionalmente cruzados com outros cachorros de outras linhagens. Inclusive a qualidade morfológica dos exemplares é ocasionalmente confirmada em Exposições Caninas, onde estes cachorros frequentemente se destacam.



A avaliação da eficiência dos cachorros adultos, é efetuada pelos técnicos do Grupo Lobo, que confirmam a aptidão natural da raça para a proteção dos rebanhos dos ataques de lobos, com cerca de 90% sendo, após uma avaliação criteriosa e pratica considerados muito bons e excelentes no exercício de sua função, e registando-se uma redução dos prejuízos na ordem dos 13 à 100% em 62% dos casos. E os criadores de gado que receberam exemplares destes cachorros, perto de 90% estão Satisfeitos ou muito Satisfeitos com os seus exemplares, e apesar de inicialmente serem até desconhecidos na região, os cães de gado Cão de Castro Laboreiro já são uma referência para estas comunidades rurais.



Entretanto, apesar da sua excelente aptidão natural para a protecção do gado, o Cão do Castro Laboreiro é uma raça bastante polivalente, tendo sobressaído em diferentes funções. Pois já foi usada como cachorro policial e militar no Corpo de Fuzileiros em Portugal, e tendo desempenhado eficientemente estas funções. Existe inclusive o registo de um macho que foi utilizado eficácia como cão-guia, treinado pela proprietária, e tambem de um outro na Alemanha que, na década de 1990, obteve o título de  Campeão do Mundo de Agility. Alguns são também utilizados em matilhas de caça grossa, como cão de presa, sem esquecer tambem de mencionar que é também um excelente cachorro de guarda e de companhia, pela sua capacidade inata para a protecção e pela total dedicação ao seu responsável e seus familiares, sendo de grande docilidade, principalmente com as crianças.



E quanto ao seu temperamento, trata-se de um cachorro bastante inteligente, que consegue assimilar e aprender facilmente, porem tem uma personalidade independente, que naturalmente é um reflexo de sua necessidade de decidir e agir de uma forma rápida e autónoma na sua função de protecção dos rebanhos, onde atua de forma solitária e independente do pastor. Sendo inclusive muito mais ágil e ativo que as restantes raças de cachorros de pastoreio de gado é muito menos impulsivo e irrequieto que outras raças menores. Pois estabelece uma forte ligação com a sua família, seja ela humana ou não, que protege instintivamente de uma forma implacável e destemido de todos os perigos. E tem uma grande capacidade de protecção, que foi desenvolvida e apurada durante centenas de anos na protecção dos rebanhos contra todo o tipo de perigos, e está sempre vigilante.



E ladrando e alertanto sempre que há eventuais perigos, inclusive aproxima-se e persegue potenciais ameaças se necessário. Os machos tendem a ser dominantes e mais agressivos na presença de outros machos mas, habituados desde jovens, poderão conviver facilmente e sem problemas com outros machos de grande ou médio porte. Humilde, jamais afronta ou desafia o seu responsável, sendo tambem muito tolerante para com as crianças e as suas cansativas e muitas até inconvenientes brincadeiras. E uma socialização adequada do cachorro é fundamental, pois isto irá influenciar de forma positiva e determinante para o seu comportamento quando adulto. Durante os primeiros meses de vida, principalmente dos 2 aos 6 meses de idade, deve-se proporcionar ao cachorro o contacto progressivo com vários tipos de ambientes e situações (por exemplo, passear na rua ou viajar de carro, contactar com pessoas e crianças estranhas e tambem outros cachorros).



Para o habituar desde pequeno. pois não se deve isolar um cachorro que é, por natureza, um ser agrario e social. E uma educação correta, recorrendo a estímulos positivos e sem a necessidade do recurso da força, é a base para um desenvolvimento equilibrado e saudável. E sendo tambem uma raça de grande porte, que naturalmente atinge o seu desenvolvimento comportamental e físico mais tardiamente que as raças de menor porte, aproximadamente somente após os 18-24 meses de idade. Por esse motivo, as fêmeas só estarão fisicamente desenvolvidas para gerar e aptas para cuidar de uma ninhada a partir do seu 3º cio, isto é, após os 2 anos de idade. As cadelas podem ter dois cios por ano, surgindo o primeiro, normalmente, após os 6 meses de idade. As ninhadas costumam ter, em média, 7 filhotes, podendo, no entanto, atingir um total deaté 14 filhotes.



Quando nascem os cachorros possuem uma pelagem mais escura que tende a aclarar progressivamente à medida que vão crescendo, e adquirirem os seus típicos tons raiados. Também a textura e comprimento do pêlo se alteram com o crescimento, sendo que os cachorros quando jovens têm um pêlo mais suave e curto, e por volta de um ano de idade começam a adquirir o pêlo de adulto. E o Cão de Castro Laboreiro, por ser uma raça forte, resistente e rústica, por sua grande rusticidade não requer cuidados especiais. E por seu temperamento é também uma raça inteiramente adequada para a guarda de propriedades, apesar de gostar de viver ao ar livre, não sendo uma raça muito grande, adapta-se bem, e consegue viver tranquilamente em ambientes menores, desde que mantenha um certo nível de exercício para lhe garantir uma boa condição física.  No entanto, durante o desenvolvimento do cachorro deve evitar-se exercício excessivo ou prolongado pois poderá ter consequências negativas para o seu esqueleto, ainda em desenvolvimento.



Também não necessita de banhos ou escovagens regulares do pêlo, embora seja muito importante forneçe-lhes uma alimentação adequada. E quanto há doenças, é uma raça geralmente saudável, estando inclusive entre as que menos problemas e preocupações dão aos seus responsáveis. A sua expectativa média de vida é de 12 anos de idade, entretanto se conhecem casos de cachorros que ultrapassaram largamente esta idade chegando, inclusive, aos 18 anos de idade. No entanto, como em qualquer outra raça, é importante conhecer os progenitores e o historial da família e realizar uma monitorização veterinária regular. O acompanhamento veterinário dos cães de gado integrados pelo Grupo Lobo tem permitido a identificação, pelos médicos veterinários do Hospital Veterinário de Trás-os-Montes (Vila Real), de algumas doenças raras (diagnosticadas apenas num indivíduo), como sejam: Meningite eosinofílica,Displasia linfóide, Cardiomiopatia dilatada, Epilépsia, Osteopatia crânio-mandibular e Osteodistrofia hipertrófica. Também não são frequentes as Displasias da anca ou do cotovelo, Prognatismo ou casos de Sarna Demodécica. Isto sugere que a expressão genética destas patologias na raça é muito pouco significativa ou mesmo inexistente. Na opinião generalizada dos médicos veterinários, trata-se de uma raça muito resistente e com uma grande capacidade de recuperação.





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Um comentário:

Unknown disse...

Preservação, Recuperação e Selecção das Tradicionais Linhagens de Cães de Trabalho da raça Castro Laboreiro.

CRIADOS EM LIBERDADE - Aqui a tradição mantém-se.

1º Criador da raça Cão de Castro Laboreiro a fazer testes de DNA

Visitenos em: www.villalaboreiro.com

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