Cachorros - Doenças Renais/Aparelho Urinário: As doenças dos rins e da bexiga são bastante frequentes nos cachorros. Calcula-se estimativamente, que mais da metade dos cachorros a partir dos 10 anos de idade apresentem lesões renais, e que uma grande percentagem deles venha a sofrer de insuificência renal crônica. A Insuficiência renal crônica, se dá devido a lesões glomerulares (glomerulonefrites de origem imunológica, amiloide, nefro-angio-esclerose) ou a lesões intersticiais, todas provocadas por uma destruição progressiva e irreversível dos nefros, que são as unidades funcionais dos rins. À medida que a quantidade de nefros vai diminuindo, consequentemente a função renal vai ficando comprometida e a insuficiência renal vai aumentando progressivamente.
E o cachorro que sofre de insuficiência renal crônica começa bebendo e urinando mais do que o de costume (poliúria/polidipsia). Em seguida aparecem as perturbações digestivas (vômitos, diarréia), que precedem as neurológicas. E o tratamento da insuficiência renal crônica, é essencialmente baseado na utilização de dietas hipoproteícas, uma vez que as proteínas formam resíduos à base de uréia, muito tóxicos para o organismo. Em condições normais, eles são excretados pelos rins, mas com a presença da insuficiência renal crônica, estes resíduos tóxicos acabam acumulamdo-se no sangue. E a terapiase porem é dirigida apenas aos sintimas, sendo que o tratamento causal nem sempre é eficaz.
No entanto, os recentes progressos da medicina permitem a possibilidade de se poder fazer um transplante renal, como se faz nos seres humanos. E nas mesmas circunstâncias, tambem a hemodiálise, igualmente a prescrita nos casos humanos, até que se possa fazer um transplante, tambem já pode ser utilizada no tratamento dos cachorros. E na Insuficiência renal aguda, o cachorro entra de súbito em anexoria, tem vômitos e diarréias, por vezes hemorrágicas. Paralelamente, a concentração de uréia e creatinina no sangue aumenta, atingindo valores via de regra muito elevados, ao passo que na insuficiência renal crônica esses mesmos parâmetros (que se usam para avaliar a função renal) aumentam com moderação.
Na origem desta forma de insuficiência renal, podem estar fatores isquêmicos (caso do rim que tenha sofrido alterações decorrentes de mudanças de circulação sangüínea), infecciosos (sobretudo leptospirose) e tóxicos. Os tratamentos aplicáveis no caso de insuficiência renal aguda consistem na terapia com fluidos e eletrólitos e em medidas de purificação extra-renal (diálise peritoneal). Algumas formas da doença respondem bem à medidas terapêuticas, mas nas outras o prognóstico é, infelizmente, mais reservado. E no caso dos Cálculos Urinários, ou Urolitíase, nos cachorros podemos encontrar 4 tipos de urólitos (cálculos), que são os de fosfato, geralmente associados a uma infecção do trato urinário, os de urato, os de oxalato decorrentes de alterações metabólicas.
E os de cistina, cuja ocorrência depende de predisposição hereditária. E a frequência e o tipo dos cálculos podem variar conforme as raças, assim, os cálculos de cistina são observados com mais frequência no Dachshund e os de urato no Dálmata. Inclusive a presença destes cálculos no trato urinário, pode levar ao aparecimento de hematúria (sangue na urina), cistites, incontinência, retenção urinária, complicações infecciosas e renais. Por vezes um cálculo introduz-se na uretra e não consegue passar por certas zonas particularmente estreitas. Daí resulta uma obstrução uretral que só poderá ser resolvida, muitas vezes, recorrendo-se à cirurgia.
E o tratamento da urolitíase nos cachorros pode ser medicamentoso ou cirúrgico, conforme o quadro que o cachorro venha a apresentar. E em casos obstrutivos, o cachorro pode apresentar-se visivelmente desidratado, letárgico ou comatoso. Nestes casos a terapia é instituída de modo a estabilizar as condições do cachorro para que possam ser iniciados os procedimentos para a remoção do cálculo. Se a bexiga estiver distendida, ela deve ser esvaziada através de sonda, catéter ou massagens, sendo que às vezes é preciso anestesiar o cachorro. Geralmente o veterinário solicita um exame de urina, através do qual é possível determinar a ocorrência de infecção e a natureza do cálculo.
E se for constata a presença de um processo infeccioso, utiliza-se um antimicrobiano e um acidificante urinário. Porem se o cachorro apresentar apenas uma propensão para a formação de cálculos, quer seja de origem genética ou devido a uma dieta inadequada, a terapêutica consiste na administração de dietas calculolíticas (rações especiais) disponíveis no mercado. Os cálculos nos rins são bastante raros nos cachorros, mas, quando existem, pode ser necessário recorrer a uma intervenção cirúrgica. Muitas vezes, os cálculos podem obstruir os efíncteres urinários ou a uretra, provocando sérias retenções urinárias. E nas infecções do trato urinário (ITU), na maior parte dos casos, a infecção urinária canina é uma consequência de infecções em órgãos vizinhos, como na próstata, útero, vagina ou, mais raramente, sistêmicas.
Por conseguinte, não basta tratar os seus sintomas, tem é de se tratar a sua causa. Esta procura-se sistematicamente mediante um exame clínico aprofundado com radiografias e exames complementares. Inclusive, as infecções do trato urinário são causadas por germes que em geral provém do tubo digestivo. Algumas, principalmente as crônicas, são particularmente difíceis de curar. E a Incontinência Urinária é caracterizada pela micção involuntária, a incontinência urinária do cachorro pode ter múltiplas causas. Pode ser o resultado de lesões do sistema nervoso, de mal-formações congênitas, de lesões adquiridas na bexiga e nos esfíncteres ou de desequilíbrios hormonais.
Não existe, por isso, um tratamento único para a incontinência urinária, mas tratamentos específicos de acordo com cada causa. Em geral, as lesões do sistema nervoso, da bexiga e dos esfíncteres são difíceis de tratar e, embora existam nvos protocolos terapêuticos, os resultados ainda não são satisfatórios. Em contrapartida, algumas mal-formações congênitas podem ser totalmente corrigidas mediante cirurgia. Assim acontece com a ectopia ureteral ou com a persistência do canal fraco. Como sequela de certas intervenções cirúrgicas, também podem surgir incontinências urinárias causadas por fístulas ou por aderências. Uma nova intervenção pode recuperar a continência normal, mas nem sempre o resultado é garantido.
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