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segunda-feira, maio 12, 2014

Chave para Todos os Tipos de Verbas Publicas - Cachorros.


Chave para Todos os Tipos de Verbas Publicas - Cachorros:  É uma pena não poder ouvir a opinião dos Beagles a respeito de toda a pantomima que se está armando ao redor e sobre eles. Devem estar apavorados com tanta demência e com tanta loucura que testemunharam tanto lá no interior do famoso laboratório como aqui fora…

A tragédia histórica dos cães foi terem caído na lábia dos humanos e terem se convertido passivamente à vida doméstica. Na realidade, nunca foram muito bem quistos. Quem é que não lembra que na Idade Média quando se queria punir ou humilhar alguém se o obrigava a andar com um cão às costas pelas ruas? Ou então, que para agravar a desonra e o castigo de um condenado se costumava enforcar um cão no mesmo patíbulo?

E a mistificação dos laboratórios? Observem como os que condenam a “libertação” dos cães querem dar ao laboratório em questão uma importância que ele não tem. Perdeu-se uma década de pesquisas! Cacarejam em estribilho empoleirados nas cercas do canil pátrio! E mais, sobre o câncer! Câncer! O câncer foi transformado num sinônimo cristão de demônio, de satanás, de Belzebu! Pesquisar as causas do câncer tornou-se uma espécie de missão sagrada e, claro, a chave para todos os tipos de verbas públicas.

Ora, o país está infestado de “laboratórios de pesquisa” e, principalmente depois que se descobriu o caminho das pedras que conduz a milionários financiamentos. Com um avental branco e uma aura de sacerdote se pode passar um século brincando com microscópios e “pesquisando” sem agregar nada a nada e mesmo assim manter-se no topo das prioridades científicas nacionais. Descobriram o quê, afinal? Desvendaram o quê de verdadeiramente relevante (de verdadeiramente relevante!) nos últimos cinquenta anos, sem contar com.., por exemplo, as variações de pasta de dentes, com os “complementos alimentares” e com as novidades no mundo dos shampoos? Todo mundo sabe que os milhares de medicamentos amontoados nas farmácias poderiam ser reduzidos a uns trinta ou quarenta sem prejuízo algum para a espécie. Mas… mas… e fazer o quê com a máfia das nacionais e das multinacionais? E a ignorância da turba? Mas e os placebos? E a mitologia das doenças? E a mitologia da saúde? E os fabricantes de angústia? E a hipocondria generalizada? E a arte de anomalizar o corpo! E as chantagens administradas através dos medicamentos?

Ora, é necessário pensar! O cérebro não foi feito apenas para ser protegido por um solidéu ou por um boné! E depois, é até cômico saber que inclusive o fermento Royal do pão que estou ruminando neste momento, já era conhecido pela avó de Sófocles. Que a aspirina já era usada pelos beduínos, que os fumadores de ópio da Birmânia já conheciam a anestesia, que os remédios para pressão eram colhidos nos jardins de Epicuro, que os povos primitivos faziam correções de miopia com estiletes de bambu e que os efeitos do Viagra já eram muito bem conhecidos pelos apreciadores das raízes da Mandrágora…

Enfim: pois é, prá quê?

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