Luxação - Cachorros: A Luxação da Patela é uma das doenças ortopédicas mais comuns em cachorros de raças de pequeno porte. Pois quando Um cachorro de pequeno porte, durante o ato de correr ou saltar, repentinamente emite um ganido de dor e puxa a perna tirando-a do solo, e depois continua com a sua atividade porem andando em apenas 3 patas. E após alguns minutos, ela volta a encostar perna no chão e sai andando normalmente, como se nada tivesse acontecido. Sendo que este processo pode se repetir diversas vezes ao dia, e até mesmo durante semanas sem que o cachorro venha demonstrar grandes manifestações de dor ou qualquer desconforto, a não ser aquele uma pequena manifestação inicial de dor. Esta situação é bastante comum de acontecer em raças de pequeno porte, como Lhasa Apso, Pequinês, Pomerania, Poodle.
Entretanto, a luxação da patela pode afetar alguns cachorros com maior intensidade e muito mais gravemente. Em alguns casos, os cachorros afetados não conseguem sequer encostar a pata no chão por muitos dias e apresentam claros indícios de dor e desconforto. E cachorros que tiveram a luxação da patela nas duas patas traseiras, vão ter sua postura totalmente modificada. Nos casos mais graves, é como se toda a parte traseira do corpo do cachorro 'caísse', ficando suas pernas largadas no chão mesmo enquanto ele anda. Nestes casos mais graves o cachorro não consegue usar as patas para se locomover, e passa a se mover, arrastando-se como se fosse uma foca. A patela é um osso mais conhecido como rótula, e uma fenda na cabeça do fêmur permite que a patela deslize de cima para baixo quando a articulação se flexiona.
Desta forma a rótula guia a ação do músculo do quadriceps na parte inferior da perna, e a rótula também exerce a função de proteger a articulação do joelho. E se olhando para a porção frontal do fêmur em um cachorro normal, pode-se notar que há a formação de uma fenda bem profunda, onde a patela estará posicionada e que permite que ela deslize para cima e para baixo. E essas estruturas anatómicas servem de guia e direcionam o movimento da patela a um curso determinado, fazendo com que ela sirva de pivo e controle a ação do músculo. E todo esse sistema anatómico é constantemente lubrificado por fluidos corporais, que proporcionam com que haja contato e movimento entre as partes e estruturas anatómicas sem ocorra excessos de atrito.
Entretanto em alguns cachorros, por causa de malformações ou devido a traumas, a fenda da cabeça do fêmur que acondiciona a patela não é suficientemente proeminente e a fenda através da qual a patela se move fica muito rasa e assim a patela acaba 'pulando para fora' do local correto, indo normalmente na direção interna da perna. É isso que causa aquele espécie de travamento da perna que ocasiona a luxação da patela, e que leva o cachorro a puxar a pata, não apoiando-a no chão. E quando este tipo de travamento ocorre, causando consequentemente a luxação, a sua estrutura não volta ao lugar correto até que o músculo fique novamente relaxado e se estire novamente, aumentando assim seu comprimento.
É está é a explicação do porque em alguns cachorros, a perna passe a ficar como se estive-se pendurada e depois de alguns minutos volte ao lugar correto. Enquanto os músculos estão contraídos e a patela está luxada ou fora do lugar, a articulação do joelho permanece dobrada ou em posição ligeiramente retorcida. O ganido de dor é causado pelo deslocamento da rótula, esbarrando nas arestas da cabeça do fêmur. Uma vez que ela esteja completamente fora do lugar, deixa de causar dor ao animal que pode até mesmo continuar se movimentando em apenas 3 patas. E em os cachorros de raças pequenas, especialmente as miniaturas, como o Poodle, o Chihuahua, há inclusive uma certa predisposição genética que acarreta uma maior incidência de manifestação desta anomalia ou problema ortopedica, que é a luxação da patela.
E em outras raças, que apresentam pernas extremamente curtas em relação ao corpo, como o Basset Hound ou o Dachshund, a luxação da patela é quase uma consequência do formato típico do femur e da tíbia. As curvaturas dos ossos nestas raças trabalham em conjunto com o músculo quadriceps e acabam ajudando a empurrar a rótula para fora do lugar correto. No entanto é preciso ficar claro que nem TODOS os cachorros destas raças vão ser afetados pelo problema, pois apenas uma pequena parte percentual de cachorros destas raças acabam por desenvolver o problema. E a maior parte dos cachorros acometidos pela luxação da patela estão na meia-idade e apresentam um histórico intermitente de dor e desconforto nas pernas afetadas.
E as principais caracteristicas dos sintomas manifestados pelos cachorros que apresentam este problema, são as frequentes paradas durante uma caminhada, devido a ocorrência do problema e a consequencia manifestação de desconforto e chora. Sendo que a perna afetada fica estendida para frente, e o cachorro é incapaz de flexioná-la de volta, para que possa retornar à sua posição normal. E se o problema não for corrigido, ele irá se agravar cada vez mais, e o cachorro em consequencia apresenta-rá progressivamente maior dificuldade em poder andar normalmente, ficando cada vez mais manco. Facilitando tambem o aparecimento prematuro da artrite que pode afetar seriamente o joelho, causando um sintoma permanente de inchaço que pode prejudicar e limitar em muito a liberdade de movimentação do cachorro.
E sem duvida alguma, a melhor forma de lidar com este problema é uma boa e preventiva avaliação do veterinário que poderá elaborar um plano de longo prazo para reduzir os efeitos da artrite. E o tratamento da luxação da patela, quando ocorre sem que tenha sido feita uma prevenção adequada, é bastante limitado e restrito, pois a terapia médica possui uma pequena capacidade corretiva neste tipo de problema e normalmente é necessária uma cirurgia antes de realizar outro tipo de terapia e nem em todos os casos este será o recurso indicado. E tambem o procedimento cirúrgico pode afetar tanto a estrutura como a movimentação da patela. E a fenda na base do fêmur pode ser cirurgicamente aprofundada para conter melhor a rótula, assim como pode-se estabelecer uma ligação externa entre esta estrutura prevenindo que ela se desvie para dentro novamente.
A protuberância no local da ligação do tendão do quadriceps sobre a tibia pode ser cortada e re-ligada numa posição mais lateral. Todos estes procedimentos podem ter bons resultados dependendo do caso individual de cada cão. Normalmente a recuperação da cirurgia é bastante rápida, sendo que em 30 dias o cachorro já está completamente recuperado e caminhando normalmente. Devido à forte determinância genética, é recomendando que os cachorros portadores desta doença não sejam acasalados. Eles podem ser, com certeza, excelentes companheiros e mesmo os que não precisem passar por uma cirurgia podem levar uma vida sem restrições.
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