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domingo, outubro 26, 2014

Cachorros que Enfrentam seus Donos,



Cachorros que Enfrentam seus Donos: Não é muito raro vermos cachorros com a personalidade dominante que enfrentam seus responsáveis de varias formas, seja rosnando, latindo ou até mesmo mordendo-os.  Entretanto esta reação não começa instantanêamente de um dia para o outro, e tambem não se por toda a responsabilidade no temperamento do cachorro. Pois este tipo de situação tem a colaboração dos dois lados do problema, e de um lado temos um cachorro audacioso, e do outro um responsável que não responde à altura da ameaça seja por medo, ou por achar que tal reação do cachorro não tem grandes conseqüências, ou por simples negligência. 


Porem, por um motivo ou por outro, esta situação é a que gera os maiores problemas no que diz respeito à dominância e agressividade canina. Pois cada vez que recuamos à ameaça de um filhote, estamos não só confirmando que ele é o líder, como também reforçando que a liderança deve ser alcançada na base da ameaça e agressão. Pois para este filhote fica claro que o enfrentamento e a agressão são recompensados. Entretanto, um rosnado nem sempre é uma ameaça,pois latidos, choros e rosnados sejam sons normais que os cachorros naturalmente emitem, e que inclusive os filhotes brincam com estes sons, da mesma forma que o bebê brinca com a própria voz antes de aprender a falar.  


Ao brincar com seus irmãozinhos de ninhada, todo filhotinho rosna e late bastante em suas brincadeiras, e tais sons são muito bem-vindos, pois fazem parte do desenvolvimento do cachorro, da mesma forma que ele brinca de luta e de caça. Tudo isso faz parte do aprendizado do filhote. Portanto, o filhote que rosna ao brincar de cabo de guerra com seu responsável não necessariamente é dominante e agressivo, pode tratar-se simplesmente de um filhote brincando de lutar. Outro ponto importante é que o rosnado muitas vezes é o som que o cachorro emite ao se ver contrariado, sem que isto signifique necessariamente um enfrentamento ou ameaça.  


Já ouve casos de um filhote rosnando para o bebedouro só porque a água havia acabado, o rosnado veio então por conta do cachorro se sentir frustrado.  E tal frustração se deu única e exclusivamente porque as coisas não estavam acontecendo do jeito que ele previa, pois ele lambeu o bebedouro, e nele não saiu água, então o filhote não gostou. E nem por isto ele avançou no bebedouro, nem fez nada do gênero, simplesmente só rosnou mostrando contrariedade. E tambem, outra coisa completamente diferente, é o filhote que não suporta ser mandado e enfrenta seu responsável sempre que este lhe impõe limites, ou lhe dá ordens. 


Aqui a variedade é enorme, vai desde o cachorro que rosna quando alguém pega um brinquedo dele, o cachorro que rosna quando o seu responsável lhe diz “NÃO”, o cachorro que morde o próprio responsável quando este o tira do sofá, ou tenta colocá-lo para fora de casa. E ainda há os “reis da casa” que não deixam ninguém sentar no sofá quando "ELE" quer deitar lá, ou ainda os que não deixam ninguém se aproximar de determinada pessoa da casa que ele elege como “DELE”. Como já foi dito anteriormente, o cachorro não começa a ter uma atitude de enfrentamento com o seu responsável uma hora para outra. Pois ele começa gradualmente, e vai testando pouco a pouco o quão firme é a liderança do seu responsável. 


E cada vez que o seu responsável cede aos seus desejos e caprichos, este vai se sentindo mais importante na matilha ao mesmo tempo em que o seu responsável vai perdendo a sua liderança e o seu prestigio na hierarquia. Pois cada vez que o responsável recua frente ao rosnado do filhote, ele reforça a este filhote que ameaçando, ou mesmo atacando, ele conseguirá o que quer. E a atitude mais correta nestes casos é enfrentar e repreender o filhote, da mesma forma que faríamos com uma criança que nos enfrenta. Pois uma bela bronca neste filhote é fundamental para mostrar que ele não tem direito algum de questionar a decisão do líder. 


E caso o filhote seja insistente, deve-se conte-lo pressionando seu focinho, tal qual sua mãe ou um cachorro adulto da matilha faria com seu filhote. E nestes casos, deve-se envolver o focinho do seu cachorro com a mão fazendo com que o polegar e o dedo indicador fiquem um na parte de cima do focinho e outro na parte de baixo.  Faça uma leve pressão com os dedos e diga “NÃO”! Porem se ele ficar muito agitado, o mesmo deve ser contido junto ao chão até que se acalme, e só então deve ser gradativamente liberado. E o ideal é que se contenha o focinho por um lado, e o resto do corpo do outro, e aqui vai mais um motivo para começar cedo esta contenção, pois quanto menor for o filhote, mais facilmente ele será contido. 


Em casos extremos você pode usar o seu corpo para conter o filhote, sempre cuidando para não machucá-lo, pois o objetivo aqui é contê-lo, e não puni-lo. Depois vá soltando o filhote vagarosamente, comece soltando o corpo, e se ele se agitar novamente volte a contê-lo e a dizer “NÃO”. E se você começar a soltá-lo, e ele permanecer calmo fale com ele num tom calmo e baixo elogiando-o, faça carinho e, aos poucos, vá soltando-o.  Com esta atitude você mostra claramente a ele que uma atitude submissa ele será recompensado, e que uma atitude dominante não será tolerada. Entretanto, caso este filhote seja muito dominante é provável que ele volte a enfrentar o seu responsável para se certificar da liderança do mesmo, e sempre a atitude a ser tomada deve ser a repreensão e a contenção. 


E inclusive nunca é demais lembrar,  a atitude de repreensão deve cessar imediatamente à mudança de atitude do cachorro, e jamais continue a repreende-lo quando ele se acalmar, pois isso confundirá a cabeça dele. Pois para que ele entenda o que você quer dele, você precisa ser absolutamente claro, atitude dominante gera repreensão e contenção, e atitude submissa gera carinho e liberdade. E a grande maioria dos responsáveis que cedem aos caprichos e a afronta de um filhote, acham que com a maturidade o filhote irá mudar de atitude, e que tal enfrentamento nada mais é do que uma adolescência canina. Pois isto é apenas uma arriscada meia verdade, da mesma forma que ocorreria na matilha, os jovens adultos dominantes tentam galgar degraus na hierarquia, mostrando que não são mais simples filhotes. 


O problema é que tal atitude não se dissolve com a idade, Aqui, mais uma vez, temos que agir como os canídeos, e mostrar ao aspirante a líder que, jovem-adulto ou não, a posição de líder da matilha já tem dono, e está posição absolutamente não é dele. E está questão piora bastante, quando falamos de machos muito dominantes, porque na sociedade canina é normal que os machos periodicamente lutem pela liderança. Em outras palavras, isto significa que este cachorro tentará roubar a liderança de seu responsável de tempos em tempos.  E nestes casos, a solução mais satisfatória é a castração do macho, pois com o fim da produção dos hormônios masculinos, a agressividade diminui muito, e esta tendência de enfrentar o líder acaba. 


De modo geral, porém, a grande saída para resolver o problema é reforçar a liderança, e isto deve ser feito mudando-se radicalmente de atitude com relação ao cachorro. Inclusive tal cachorro deve ser ignorado o máximo possível pelos membros da casa sempre que se comportar mal. E a atenção dos responsáveis deve ser a grande recompensa para ele, para quando voltar a se comportar de forma calma e submissa. Pois aqui tambem deve-se usar a lógica canina, que se aplica e funciona muito bem nesta relação entre recompensa e punição. E se possível é recomendável, também, que se contrate um adestrador para que ele possa ajudar a trabalhar esta agressividade do cachorro, ao mesmo tempo em que corrige os erros de atitude do responsável que levaram o cachorro a tal comportamento.







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