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quinta-feira, maio 19, 2011

Terrier Tibetano - Cachorros.



Terrier Tibetano - Cachorros: o Terrier Tibetano, também conhecido como Dhokki Apso, teve a sua origem na remota terra de “Lost Valey” no Tibete, nos mosteiros tibetanos, acima das montanhas dos Himalaias na Ásia. Este “Vale Perdido” seria tão inacessível para os visitantes, que estes dependiam muitas vezes de um cachorro para os guiar em segurança durante toda a viagem. Inclusive entre os antepassados do Terrier Tibetano, encontram-se o cão da montanha de Kunlun do Norte e o Cão da Mongólia Central. Muitos desses cachorros guiavam as ovelhas nas montanhas, tendo o grande Mastin Tibetano como guardião. Os menores, não aptos como pastores, eram dados para os cuidados dos lamas tibetanos.


Alguns eram (e ainda são) usados como guardiões e caçadores de objetos perdidos. Esta raça muita antiga foi criada para sobreviver às condições austeras em que viviam ao tibetanos, e foram tambem mantidos nos mosteiros e usados por nómades para agrupar e guardar os seus animais. A raça foi sempre restrita e vista exclusivamente dentro do Tibete, até que Dr. Grey, um médico britânico, foi excepcionalmente presenteado com um exemplar, por ter cuidado e curado um doente, e trouxe-o para a Europa. Inclusive estes cachorros nunca foram vendidos, já que as famílias que os possuíam os consideravam um cachorro sagrado, que traria sorte a quem o possuísse. Tal como outros pequenos cachorros tibetanos, o Spaniel Tibetano e o Lhasa Apso, parecem não terem sidos criados com o intuito de servirem de companhia.



Pois principalmente o Terrier Tibetano foi criado e desenvolvido para o trabalho na quinta, e não para penetrar no solo, o que levanta algumas suspeitas e dúvidas quanto à sua designação de Terrier. Inclusive a sua popularidade sempre foi muito inferior à do seu parente próximo, que é o Lhasa Apso. De qualquer modo isto pode-se ter até constituído como uma vantagem já que o excesso de popularidade de muitas raças veio a tornar-se-lhes prejudicial. Porem esta raça não é propriamente um Terrier, parecendo-se muito mais com o Old English Sheepdog em miniatura. Pois é mais um cachorro de trabalho, do que propriamente um Terrier, e quanto ao seu temperamento são cachorros muito afectuosos especialmente com as crianças.



São tambem implacaves vigias e protetores da casa de seu responsável, pelo que podem tornar-se excessivamente barulhentos, inclusive usam o seu timbre forte à mínima provocação. E requerem algum exercício, obedecendo facilmente aos treinos, porem são muito obedientes, se forem devidamente treinados para tal. É leal, robusto, um bom caminhante, dedicado aos seus responsáveis e às crianças, contudo um pouco apreensivo com estranhos, tem uma expressão resoluta e é inteligente, amigo e valente. Sempre serviu de companheiro leal ao lado de seus responsáveis, mesmo nas tarefas mais árduas, inclusive pode ser uma alternativa ideal para quem aprecie a raça Old English Sheepdog.



Mas que porem não possa ter um cachorro de tão grande porte em casa, isto porque o Terrier Tibetano parece realmente uma cópia em miniatura desta raça. Mas não só por comparações se faz justiça à sua beleza, aliás tem toda a beleza da raça Old English Sheepdog, porem com a conveniência de ser mais rustico e resistente e principalmente tambem caber em muito menos espaço. Esta raça evoluiu com o passar dos séculos, sobrevivendo ao clima extremo que se faz sentir no Tibete, além do terreno árido e inóspito. Desta forma, a raça desenvolveu um pêlo duplo que o protege eficazmente contra muitas das agressões exteriores, nomeadamente as frequentes tempestades de areia ou o brilho do sol em dias de muito calor.



Assim, durante os Invernos frios os cachorros mantêm-se quentes e secos. É dotado de grande agilidade e uma construção ao nível da pata exclusiva. Sendo que as características físicas do Terrier Tibetano são as de um cachorro de tamanho médio, compacto e potente, de corpo robusto, tamanho mediano e linhas quadradas, o Terrier Tibetano tem a pelagem dupla, a exterior é profusa e fina, nem sedosa, nem lanosa, e o sub-pêlo é fino e lanoso. Há um abundante e longo chumaço de pêlos na cabeça cobrindo os olhos. Possui tambem uma barba na mandíbula inferior. As orelhas são caídas, em formato de "V", com longos pêlos, e não muito grudadas à cabeça. Sua altura pode variar entre 35 cm a 40 cm, e seu peso vai de 8 kg a 12 kg, e tambem são permitidas cores diversas e sem distinção em sua pelagem.



Pelagem está que é vastamente coberta de pêlo, de construção poderosa, e quadrado em termos proporcionais, e uma mecha de pêlo cobre-lhe os olhos e focinho. A cauda felpuda encaracola-se para a frente e cai sobre o dorso. Possui tambem um tipo de Pêlo Muito denso na cabeça, pelagem dupla, pêlo interior macio e lanoso, pelagem exterior comprida e fina ondulada ou lisa. O pêlo é comprido mas não deve arrastar pelo chão, devendo-se o fato de se poder ver a luz do dia por baixo do corpo do cachorro. O pêlo dos filhotes é mais curto e é muitas vezes mais suave que o dos adultos. E existem em muitas cores variando desde o preto, cinzento, cor de creme, ouro, branco e a várias combinações destas cores base.



Porem as cores de chocolate são vistas em alguns exemplares, mas não são adequadas para cachorros de exposição. O seu pêlo longo necessita de cuidados e atenção regular por forma a que não fique todo embaraçado, e mantenha a sua saúde, brilho e beleza.  As patas são largas, achatadas, e redondas, produzindo uma espécie de calçado apropriado para a neve, que inclusive lhe fornece uma ótima tração. É capaz de movimentos ágeis, fortes e muito eficientes, o seu crânio tem um comprimento médio, o comprimento do olho até à ponta do nariz é igual ao comprimento que vai desde o olho à occipital, e vai estreitando ligeiramente da orelha para o olho. Não faz uma cúpula entre as orelhas, mas também não é absolutamente direito.



A cabeça tem um pêlo longo e denso que cai sobre os olhos e o focinho, as suas bochechas são curvadas mas não tanto que criem alguma protuberância. O seu maxilar inferior tem uma pequena mecha de barba, O stop é marcado mas não exageradamente, o seu nariz deve sempre ser preto, e Os dentes são brancos, fortes e bem colocados. Existe uma curva nos maxilares entre os caninos, os olhos são grandes, razoavelmente separados, castanho escuros ou pretos, nem saliente nem cavados. As orelhas são pendentes, caindo não muito perto da cabeça, densamente cobertas de pêlo com uma forma em V desenhada de modo proporcional à cabeça. O pescoço tem um comprimento proporcional ao do corpo e a cabeça, e o seu corpo é compacto, quadrado e forte, sendo capaz tanto de rapidez como de resistência.



O peito é muito bem constituído, e no cachorro adulto estende-se até ao topo do cotovelo, as costelas não são muito amplas e estreitam ligeiramente, isto para permitir que ás suas patas dianteiras trabalhem livremente nos lados. O lombo é ligeiramente arqueado, a cauda tem um comprimento médio, está profusamente guarnecida de pêlo, disposta em cima e caindo para a frente sobre o dorso, podendo encaracolar num dos lados, devendo haver um nó perto da ponta. Relativamente aos quartos dianteiros, os ombros são inclinados e musculados, e suas pernas são direitas e fortes quando vistas de frente, e tendo muito pêlo a cobri-las. A distância vertical desde a cernelha até ao cotovelo é igual à distância que vai desde os cotovelos ao chão. Inclusive os seus pés são únicos na sua constituição entre todos os cachorros, São largos, achatados, e redondos produzindo uma espécie de calçado apropriado para a neve, que lhe fornece uma ótima tração tanto na neve como na terra rochosa.



As patas são grossas e fortes, e têm muito pêlo entre os dedos dos pés e das mãos. Relativamente aos quartos traseiros, as pernas são bem constituídas e musculadas, sendo que são ligeiramente maiores que as dianteiras. A coxa é musculada, e os pés são idênticos aos dianteiros. O porte é leve e graciosos, cuja flexibilidade permite uma extensão completa, quando a trote, as patas traseiras não devem ir nem para dentro nem para fora. Pois o cachorro com uma boa construção, move-se com elasticidade demonstrando naturalmente a grande agilidade e resistência que possui. Apreciam caminhadas longas, mas satisfazem-se tambem com medias e até mesmo curtas caminhadas que lhe possa proporcionar. São tambem cachorros bastante rústicos e resistente quanto a sua saúde, inclusive tambem comem de quase tudo, sem terem grandes exigências quanto a sua alimentação.





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quarta-feira, maio 18, 2011

Griffon de Bruxelas - Cachorros.


Griffon de Bruxelas - Cachorros:  O Griffon de Bruxelas é uma raça de cachorros de tamanho miniatura nomeada pela cidade de sua origem, que é Bruxelas, na Bélgica. Em sua terra natal é tratada como raça distinta de seus parentes, os Griffon Belga e Brabançon, embora em alguns outros países estes três caninos sejam vistos como uma única raça. E de sua função inicial de rateira (caçador de ratos), tornou-se um cachorro de companhia, que pode ser descrito como dócil e tolerante, inclusive com outros cachorros e demais animais. Fisicamente, o Griffon de Bruxelas possui uma pelagem mais longa e dura que os outros Griffons, resultado dos cruzamentos seletivos entre variadas raças, incluído o Yorkshire Terrier, de pelagem alongada e lisa. 

Essa pelagem dá ao Griffon de Bruxelas a vantagem de resistir a climas mais frios, e inclusive a neve, embora não seja eficiente sob temperaturas extremamente rigorosas. Podendo chegar aos 5,5 kg e medir até 20 cm, tem o seu adestramento considerado como de dificuldade moderada. A história do Griffon de Bruxelas é bastante confusa e misteriosa, pois existem algumas representações de cachorros muito semelhantes ao Griffon, como no quadro de Van Eyck, datado de 1434. Outros registros apontam que a Rainha Draga, da Sérvia, tinha um desses ´Griffons´ que lhe salvou a vida, uma vez que, temendo ser envenenada, ela dava sua comida antes ao seu cachorro, e de fato, um dia ele morreu envenenado. 

Na França e nos países baixos, eram chamados de ´Griffons de Cocheira, uma vez que dividiam com os cavalos as cocheiras e, acreditava-se, que serviam para tranqüilizar os eqüinos. Inclusive parece haver um consenso quanto às raças que deram origem aos Griffon de Bruxelas e aos demais Griffons (que na verdade existem em 3 versões (Griffon de Bruxelas, Griffon Belga e Petit Brabançon). Há um certo consenso de que derivem dos Barbets, Yorkshire, Fox terrier, Pug e, possivelmente, Affenpinscher. Sendo que a primeira aparição destes cachorros aconteceu em 1880, durante uma exposição canina, mas o primeiro padrão oficial da raça foi aprovado apenas em 1883 e a versão definitiva é de 1904. 

A raça sofreu muito com a Primeira Guerra Mundial, e inclusive por pouco não foi extinta, mas graças ao trabalho dos criadores, em especial dos ingleses, recuperou-se em termos de qualidade e número de exemplares. Entretanto nada foi tão impactante para popularizar a raça, quanto ter tido papel de destaque no sucesso mundial do cinema ´Melhor Impossível`, de 1997, quando um pequeno exemplar de Griffon de Bruxelas contracenava com o astro Jack Nicholson. Os Griffons são cachorros que incorporam muito bem o papel de cachorros de companhia, pois são vivazes e alegres, porem não costumam ser indicados para quem tenha crianças muito pequenas, uma vez que não gostam de brincadeiras mais abrutalhadas. 

Inclusive normalmente os criadores não recomendam a raça para quem tenham crianças menores do que 5 anos, sendo que alguns criadores sequer vendem seus cachorros para quem tenha crianças em casa. São cachorros muito orientados aos seus responsáveis, a quem seguem por onde quer que ele vá. Por isso mesmo não são adequados a pessoas que passem a maior parte do dia fora. Pois se deixados sozinhos por longos períodos, com certeza vão procurar alguma atividade para distrair-se, e podem até mesmo se tornar destrutivos. Extremamente atentos a toda movimentação da casa, são excelentes cachorros de alarme, uma vez que latem sempre ao menor sinal de que há algo de estranho ou diferente. 

E apesar de seu tamanho reduzido, os Griffons adoram um bom passeio e caminhadas, mas deve-se prestar muita atenção e evitar estas atividades nos períodos mais quentes do dia, uma vez que o formato do focinho, achatado como o dos Boxers, Bulldogues e Pug, dificulta a respiração e a refrigeração do cachorro, e isto pode até mesmo vir a provocar o óbito do cachorro. Na escala de obediência elaborada por Stanley Coren e publicada em seu livro ‘A Inteligência dos Cães’, o Griffon aparece em 59ª posição entre as raças pesquisadas. Normalmente as ninhadas são pequenas, não mais do que 4 filhotes, e deve-se tomar alguns cuidados para o seu perfeito desenvolvimento, evitando-se quedas bruscas e piso muito liso que venham a forçar as articulações. 

Até por não serem muito afeitos à obediência, os filhotes devem receber desde cedo aulas de obediência, evitando-se assim que se tornem adultos temperamentais. Outro cuidado importante é com a socialização dos filhotes, que deve ser incentivada após o término das vacinas. E quanto a sua pelagem, o Griffon de Bruxelas possui o pelo duro, e este consequentemente requer alguns cuidados para sua manutenção. Pois o pelo duro do Griffon não deve ser tosado à máquina, mas sim arrancado (stripping), para que não cresça demais e perca a sua textura correta. Este processo deve ser feito apenas por um profissional, caso contrário pode vir a machucar o cachorro. Outro cuidado importante com a higiene dos Griffons de Bruxelas, refere-se aos shampoos e condicionadores utilizados. 

Pois dependendo do tipo, podem vir a prejudicar a textura de seus pelos, assim como tambem o excesso de banhos. Durante algumas épocas do ano, pode ser verificada a troca do pelo, que por ser duro, não vai cair tanto quanto outras variedades de pelo curto, mas para que não venha a exalar odores fortes caracteristicos deve receber escovações semanais. E a única cor que é permitida para esta variedade é o vermelho, com marcações pretas aceitáveis apenas no bigode, ao redor do focinho. O Griffon de Bruxelas não apresenta problemas específicos à raça, mas alguns cuidados devem ser tomados afim de se evitar maiores problemas. Sendo que o primeiro cuidado a ser tomado, é com relação aos seus olhos, que por serem saltados, podem vir a ferir-se ou irritarem-se com bastante facilidade.

   


   

Dingo - Cachorros.



Dingo - Cachorros: O Dingo (Canis lupus dingo) é uma sub-espécie de lobo, assim como o cachorro doméstico, sendo originária da Ásia. Se encontrando atualmente em estado selvagem na Austrália e no sudeste asiático. Porem a origem dos Dingos permanece incerta, inclusive especula-se que resultem de uma das primeiras domesticações do lobo. E quanto a sua estatura e peso, os Dingos são considerados como tendo um porte entre o pequeno e o medio, e pesam entre 10 a 24 kg, apresentando um pelo curto e amarelado. E ao contrário dos demais cachorros, os Dingos só se reproduzem uma vez por ano.



Não ladram e tambem têm os dentes caninos mais desenvolvidos. Inclusive os Dingos não formam alcateias, pois vivem ou sozinhos, ou em pequenos grupos familiares. Entretanto,  há tambem outras teorias sobre a sua origem, defendendo que os Dingos chegaram à Austrália há cerca de 4000 anos, trazidos por navegadores austronésios, e não com os primeiros aborígenes. E de imediato espalharam-se rapidamente por todo  o continente australiano, inclusive consequentemente afetando significativamente todo o ecossistema. E contribuindo significadamente para a aumentar ainda mais  a recessão dos carnívoros marsupiais nativos.



Que na propria época já estavam  em declínio, porem com a chegada dos colonos europeus e os seus rebanhos de ovelhas, os Dingos começaram a ser perseguidos e caçados, pois representavam uma ameaça a estes rebanhos, e quase foi extinto, assim como aconteceu com o tigre-da-tasmânia, que porem foi extinto. Inclusive nos anos da década de 1880, construiu-se a uma barreira de cerca de 8500 km de comprimento, com o objetivo não sómente de se evitar o total exterminio dos Dingos, mas tambem mante-los afastados do sudeste australiano, onde se concentravam as quintas (fazendas), e tambem consequentemente proteger os rebanhos. Inclusive até aquela data,  era considerada a maior estrutura já construída pelo homem.








Australian Cattle Dog - Cachorros.



Australian Cattle Dog - Cachorros: Australian Cattle Dog - Cachorros: A Australian Cattle Dog, tambem conhecida como Boiadeiro Australiano, Queensland Heeler, Blue Heeler ou Red Heeler, é uma raça de cachorros originária da Austrália, reconhecido pela Fédération Cynologique Internationale. É um cachorro de médio porte e com muita energia, a pelagem do Boiadeiro Australiano vem com uma variedade de marcas, inclusive com algumas bem surpreendentes. A cor primária é normalmente o azul e o vermelho, a distribuição aleatória das cores e padrões, especialmente na face, sendo que o Australian Cattle Dog apresenta uma grande variedade de marcações, porem basicamente a sua cor se divide em Blue ou Red.



Da onde vem os nomes pelos quais também são conhecidos Blue Heller e Red Heller. Inclusive o Australian Cattle Dog tem um pelo médio para curto e que não necessita de nenhum cuidado especial para a manutenção de sua pelagem, além de banhos eventuais e escovações. E a sua estranha e exótica tonalidades e combinações de cores, podem muitas vezes aparecerem estranhos para muitas pessoas, principalmente para quem não está acostumado com as suas misturas e combinações, o que as vezes ocasionalmente acaba lhe angariando o título de "O cachorro mais feio e estranho", apesar de muitos responsáveis gostarem do fato de seus cachorros possuírem as marcas e colorações mais originais e distintas do qualquer outro cachorro.



O Australian Cattle Dog é uma raça relativamente recente, os principais registros foram feitos por Robert Kaleski, que se apaixonou pela raça ainda na adolescência e dedicou sua vida ao seu estudo e desenvolvimento. Apesar disso, há grande controvérsia sobre quais as raças que teriam contribuído para a formação definitiva do Australian Cattle Dog. Pois esta dificuldade se explica pelo grande número de tentativas e combinações que foram feitas até se chegar ao resultado final. Originária da Austrália, acredita-se que seu desenvolvimento aconteceu a partir da colonização inglesa na região. Durante a migração, os ingleses levaram seus cachorros de trabalho para a Austrália, e tentaram aproveitar as raças que possuíam grande habilidade no pastoreio nas ilhas britânicas num ambiente totalmente diferente que é o deserto australiano.



Estes primeiros cachorros eram conhecidos como Smithfields, que é o nome do mercado central de carnes em Londres. Genericamente, estes cachorros eram descritos como sendo pesados, pretos, com orelhas caídas e pelagem longa. Entretanto apesar de serem excelentes pastores em sua terra natal, não conseguiam a mesma performance no novo ambiente, especialmente porque a pelagem densa e longa aliada ao calor australiano dificultava sua atuação no trabalho com o gado. E diante da dificuldade de adaptação destes cachorros, os fazendeiros locais iniciaram os acasalamentos entre estes cachorros ingleses com os cachorros nativos da Austrália, conhecidos como Dingos.



O resultado não foi o esperado, uma vez que, apesar dos cachorros obtidos serem realmente silenciosos como o esperado, eram pouco confiáveis porque com freqüência mostravam-se muito mordedores, o que atrapalhava o trabalho com o gado. A tentativa seguinte foi o do acasalamento dos Dingos com os Collies, porem mais uma vez o resultado não agradou completamente porque desta vez, a grande maioria dos cachorros latia em excesso, o que também prejudicava a condução dos rebanhos. Finalmente, em 1840, Mr. Thomas Hall of Muswelbrook, importou um casal de Blue Smooth Highland Collies, que são cachorros muito parecidos com os Border Collies ou Bearded Collies atuais.



Estes cachorros descritos como de coloração blue merle, foram acasalados com os Dingos nativos, e a partir destes acasalamentos, se obteve cachorros merle ou vermelhos, que ficaram conhecidos como "Hall's Heelers". Estes cachorros, possuíam uma grande habilidade em conduzir o gado em silêncio, e inclusive deitavam-se no chão a fim de evitar que o gado saísse da trilha desejada. Sendo que o trabalho deste pioneiro foi reproduzido até sua morte, em 1870. O trabalho de Mr. Tomas Hall e seu cachorros, que passaram a ser conhecidos como "Blue Heelers" ou "Queensland Heelers", deu frutos para o desenvolvimento da raça e incluindo alguns acasalamentos com Bull Terrier, visando aumentar a tenacidade dos cachorros e até mesmo Dálmatas.



E no ano de 1902, Robert Kaleski, escreveu o primeiro padrão da raça, baseando-se para isso no tipo físico dos dingos australianos, que acreditava serem os mais bem adaptados ao trabalho na região. Porem a raça só foi reconhecida pelo American Kennel Club no grupo ´Miscelaneous´ no final da década de 60 e graças aos esforços dos criadores, e em 1980 a raça foi finalmente reconhecida plenamente. No Brasil, a raça só começou a ser conhecida bem mais recentemente, e ainda há poucos registros e criadores oficiais. A principal característica dos Australian Cattle Dogs é sua versatilidade e inteligência, que o colocaram em 10º lugar no ranking de inteligência elaborado pelo pesquisador Stanley Coren em seu livro "A Inteligência dos Cães".



Sua inteligência inata e a sua grande facilidade em aprender rapidamente comandos mais complexos, fizeram com que a raça ganhasse destaque especialmente entre os fazendeiros que precisavam de cachorros altamente confiáveis no trabalho com os seus rebanhos. Mas além de serem excelentes em suas funções originais, os Australian Cattle Dog destacam-se em várias outras atividades, como o Agility e as competições de obediência e Schutzhund, onde podem aproveitar todas as melhores qualidades da raça. Os Australian Cattle Dog se caracterizam por serem reservados com estranhos, mas sem porem demonstrarem qualquer agressividade.



Já com seus responsáveis, são devotados ao extremo, a quem seguem como verdadeiras sombras. Como são cachorros bastante inteligentes e que constante e freqüentemente precisam tomar ´suas próprias´ decisões na condução dos rebanhos, podem se tornar um tanto insubordinados se perceberem que seus responsáveis não lhe transmitem a liderança necessária. São tambem bastante silenciosos, latindo somente quando necessario, pois inclusive uma de suas características básicas, em sua função original é trabalhar em silêncio. Porem não são cachorros para um responsável pouco experiente ou que proporcione pouca atividade física e mental a seus cachorros.



Da mesma forma, não suportam bem a solidão ou a vida isolada de um quintal, pois precisam de contato constante com a sua família, e caso não possam desfrutar desta experiência, podem vir a desenvolver sérios problemas de comportamento. Na atividade de pastoreio, são cachorros especialistas em gado, não sendo a raça mais adequada, por exemplo, para trabalhar com ovelhas, mas com o treinamento adequado, podem realizar o este tipo de pastoreio sem grandes problemas. E tambem o relacionamento destes cachorros com crianças e outros animais é bastante bom, lembrando sempre que, pois por se tratarem de cachorros de pastoreio, a tendência é que eles naturalmente encarem crianças e os demais animais como seres a serem pastoreados. Inclusive os Australian Cattle Dog, independente da cor de seus pais, nascem completamente brancos, e com a sua cor definitiva se fixando em aproximadamente 1 semana, porem a tonalidade de sua cor só se confirma após 1 ano.



Como são cachorros muito ativos e com grande necessidade de atividade, é fundamental que se inicie desde cedo o seu adestramento de obediência. E tambem para os cachorros que forem destinados ao trabalho com o gado, é absolutamente essêncial que além do adestramento de obediência, o cachorro receba juntamente o treinamento especifico para a função do pastoreio onde aprimora-rá seus instintos básicos. E quanto a sua saude, os Australian Cattle Dog são cachorros extremamente resistentes, rústicos e robustos, e que consequentemente, de uma maneira geral, gozam de uma excelente saúde. Sendo que os principais problemas de saude enfrentados pela raça são a Atrofia Progressiva da Retina, Luxação da Patela e Surdez congênita.





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